O Rio Acre continua a subir, aproximando-se perigosamente da marca dos 17 metros, enquanto mais de 1,8 mil pessoas estão alojadas em abrigos na capital, Rio Branco. De acordo com dados da Defesa Civil, nas últimas 12 horas, o nível do rio aumentou 16 centímetros, atingindo a marca de 16,88 metros às 9h desta quinta-feira (29).
A situação é alarmante, com o manancial mantendo-se acima dos 16 metros desde o dia 26 de fevereiro. Este ano, o Acre enfrenta uma cheia histórica, com mais de 20.182 pessoas fora de suas casas em todo o estado, entre desabrigados e desalojados.

Um total de 17 municípios acreanos estão em estado de emergência devido ao transbordamento de rios e igarapés. Entre os afetados estão comunidades indígenas, que enfrentam os impactos devastadores das enchentes. Somente na capital, mais de 1.100 pessoas estão desabrigadas, e outras 702 estão desalojadas, conforme relatório emitido pelo governo do Acre.

Os abrigos, localizados em pontos estratégicos como o Parque de Exposições e escolas, abrigam atualmente cerca de 936 pessoas, distribuídas em 312 famílias. No total, são 1.377 pessoas assistidas nos abrigos mantidos pela prefeitura de Rio Branco.

Além da capital, diversos municípios estão sofrendo com a situação crítica. Segundo o governo estadual, mais de 6.600 pessoas estão desabrigadas e mais de 13.500 estão desalojadas em todo o estado. Algumas localidades, como Santa Rosa do Purus, Jordão e Assis Brasil, que já registraram vazante, enfrentam dificuldades de comunicação e atualização sobre o número atualizado de afetados.

Diante desse cenário desafiador, as autoridades locais intensificaram os esforços de apoio às comunidades afetadas, buscando fornecer assistência humanitária e mitigar os impactos da cheia que assola o estado do Acre.